A Maternidade Frei Damião, que integra a rede hospitalar do Estado, teve o projeto de intervenção: “Implantação da Linha de Cuidado de Gestação de Risco Habitual” selecionado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no Brasil, dentro da segunda etapa do projeto Laboratório de Inovação em Enfermagem.
O projeto, desenvolvido e implantado pela diretora geral da maternidade, Selda Gomes, está em quinto lugar entre os 39 selecionados dentro do eixo: “Ampliação do escopo de práticas”. O objetivo do projeto de intervenção: Implantação da Linha de Cuidado de Gestação de Risco Habitual” é melhorar, dinamizar e humanizar ainda mais o atendimento aos pacientes, implementando um cuidado efetivo e seguro nas diversas indicações clínicas e obstétricas, e, consequentemente, reduzir os agravos a saúde materno fetal. “Todo esse processo de normatização e validação da assistência, irá impactar nos indicadores de mortalidade materna e neonatal além de tornar os fluxos internos mais eficazes e eficientes”, explicou Selda Gomes.
“ Recebemos com muita alegria a aprovação desse projeto e esta notícia veio em um momento especial, pois recentemente a maternidade também teve a Residência em Enfermagem Obstétrica aprovada pelo MEC e isso nos deixa muitos felizes e cada dia mais dispostos e entusiasmados a lutar para oferecer uma saúde digna com qualidade eficiência e com isso reduzir cada vez os nossos indicadores epidemiológicos e, nesse caso específico, a mortalidade materna que é um dos grandes desafios de quem faz saúde pública, mas aqui na maternidade essa é uma de nossas principais metas”, destacou Selda Gomes.
Saiba Mais – Os enfermeiros obstetras são aqueles que, após a graduação, optaram por uma especialização em Obstetrícia. Durante essa pós-graduação, são cursadas disciplinas que abordam a saúde da mulher não apenas durante o parto.
O enfermeiro especializado na área de obstetrícia tem a função de acompanhar a evolução do trabalho de parto, executá-lo e realizar educação em saúde. Esses profissionais podem assistir os partos de risco habitual e, em casos de intercorrências podem realizar o encaminhamento para a equipe médica.
O enfermeiro obstetra é preparado para analisar criticamente a situação da paciente e investigar problemas que possam prejudicá-la ou a seu filho, sempre buscando soluções através de diversos métodos científicos. Esse profissional trabalha sempre em parceria com o médico especializado em Obstetrícia. O profissional participa tanto do planejamento familiar quanto do pós-parto, informando e direcionando suas ações à promoção de cuidados.
A enfermagem obstétrica, diferentemente do que muitos pensam, não atua apenas da gestação ao nascimento de bebês. O acompanhamento das mulheres após essa fase é o ponto que mais se destaca, já que elas passam por mudanças no corpo e suas emoções ficam mais afloradas.
Sobre a seleção – O seminário, que marcará a segunda etapa do Laboratório de Inovação, acontecerá em Brasília, entre os dias 16 a 18 de março. Na oportunidade, os autores terão a oportunidade de apresentar presencialmente a prática desenvolvida no Sistema Único de Saúde (SUS) para a comissão de avaliação, que escolherá as experiências que serão visitadas “in loco” pela equipe a partir de abril.
A comissão organizadora do Laboratório de Inovação tinha previsto inicialmente a seleção de 30 experiências, mas o bom nível dos relatos apresentados motivou a ampliação das vagas. Confira as 39 experiências selecionadas na segunda etapa do Laboratório de Inovações em Enfermagem.
“Ficamos satisfeitos com as experiências que recebemos. Nós ampliamos as vagas para o seminário em Brasília pois não poderíamos deixar de fora experiências que estão impactando a saúde da nossa população. Com esta iniciativa estamos tendo um panorama, em tempo real, das boas práticas da Enfermagem no SUS”, afirmou a vice-presidente do Cofen, Nádia Ramalho.
Assessoria