Polícia investiga cobrança ilegal por sorteio de casas do complexo Aluízio Campos, na Paraíba
Estão sendo investigadas supostas cobranças indevidas de reserva e vendas de casas no complexo habitacional Aluízio Campos, em Campina Grande.
A Polícia Civil vai investigar supostas cobranças indevidas para reserva e vendas de casas no complexo habitacional Aluízio Campos, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. De acordo com a denúncia, duas suspeitas se passaram por funcionárias da Secretaria de Planejamento (Seplan) e do banco responsável pelo complexo e cobraram valores de até R$ 5 mil para inclusão dos nomes de contratantes no sorteio das casas.
Conforme uma das vítimas registrou em um Boletim de Ocorrência, na Central de Polícia Civil de Campina Grande, há cerca de um ano e meio ele teria pago o valor de R$ 3,5 mil para que seu nome fosse garantido como um dos sorteados. Ele também informou que teria indicado outras pessoas para que fizessem o mesmo procedimento.
Segundo o secretário da Secretaria de Planejamento (Seplan), Tovar Correia Lima, a secretaria vai realizar na tarde desta segunda-feira (9) a denúncia dos casos na Polícia Federal e no Ministério Público.
De acordo com Tovar, o procedimento feito por pelo menos 50 pessoas é ilegal, pois o projeto do complexo habitacional era de sorteios. A prefeitura e a polícia estão investigando o caso.
“Nós vamos levar todos os prints, vídeos e denúncias feitas pelas pessoas, mas reforçando que isso aconteceu de forma externa à Seplan, pois na secretaria, nenhuma funcionária tem o nome das citadas na denúncia ou está participando desse golpe”, afirmou.
Um reunião realizada na Seplan na manhã desta segunda-feira definiu que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal vão ser formalmente comunicadas sobre as denúncias e que uma sindicância interna vai ser aberta na Seplan para averiguar, com profundidade, qualquer indício de responsabilidade, direta ou indireta, de qualquer servidor em relação às tentativas de fraudes.
Também vai ser comunicado sobre as denúncias o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), para pedir investigação sobre envolvimento de possíveis corretores no golpe.
A Prefeitura também vai registrar um Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil, e repassar todas as informações, áudios, fotos e vídeos chegados à Seplan sobre o caso.
Fonte: G1PB