Covid19: ALPB defende acessibilidade dos meios de comunicação para pessoas com deficiência

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A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) se reuniu, nesta quarta-feira (29), por sistema virtual de vídeo conferência, e discutiu um plano de ação para proteger as pessoas com deficiência no Estado, diante da pandemia do Coronavírus (Covid-19). A acessibilidade dos meios de comunicação para que os portadores de necessidades especiais tenham acesso à informação sobre o Covid-19 foi foco do debate.

“Todo conteúdo precisa ser adaptado para que todos os deficientes tenham acesso. Na próxima segunda-feira (4) teremos uma reunião com os representantes dos veículos de comunicação da Paraíba e vamos apresentar alguns vídeos, que serão veiculados gratuitamente para ajudar surdos e deficientes visual. O material será exibido nesses meios de comunicação”, destacou a presidente da Comissão, a deputada Cida Ramos.

Diversas entidades representativas do segmento, além de órgãos do poder público estadual e do Judiciário participaram do debate. Cida Ramos ressaltou que a comissão solicitou ao Governo do Estado a disponibilização de um canal de atendimento virtual de apoio psicológico para as pessoas com deficiência e seus cuidadores. “Solicitamos também um serviço de atendimento e consulta médica remota para as pessoas que precisarem de prescrição de remédios de uso contínuo, sendo entregue por equipes estratégicas da Saúde da Família do Estado”, disse.

A deputada Estela Bezerra sugeriu que todas as iniciativas tomadas na reunião sejam encaminhadas aos Poderes. “O objetivo é reforçar a necessidade de construção democrática, pois essas várias falas feitas aqui enriquecem o que estamos querendo propor para melhorar a vida das pessoas com deficiência”, comentou. A parlamentar se colocou a disposição para contribuir na formação de uma campanha de comunicação, para gerir informações que possam orientar os portadores de deficiências.

A presidente da Funad, Simone Jordão, reforçou os serviços oferecidos pela Fundação, que tem buscado orientar as famílias à distância. Ela destacou a importância do trabalho de acessibilidade para orientar as pessoas com deficiência.

“Estamos utilizando diversas tecnologias para que as demandas sejam atendidas. Sabemos que são pessoas que precisam de atenção e nós não vamos deixar de estabelecer esse vínculo. Estamos a disposição, articulando com as secretarias de Desenvolvimento Humano, Saúde e Educação para que a gente também possa garantir o ensino especial a essas pessoas durante a quarentena”, disse Simone.

O presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB-PB, Felipe Soares de Oliveira, afirmou que a Instituição está encaminhando um ofício aos órgãos públicos solicitando obediência das escolas no atendimento às crianças com deficiência. “Queremos pedir enfoque para a acessibilidade digital para os deficientes, principalmente para as pessoas mais carentes, que não têm acesso a tecnologia”, ressaltou.

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) já está realizando ações para melhorar a acessibilidade dos meios de comunicação. O coordenador do Comitê de Inclusão e Acessibilidade da UFPB, Rafael Monteiro, disse que estão elaborando um documento para ser distribuído na universidade e nas redes sociais, para que as pessoas com deficiência sejam orientadas a como lidar com a situação do coronavírus.

“Elaboramos também um vídeo em libra com informes sobre o contágio para distribuir amplamente para a sociedade e comunidade acadêmica. Outra ideia foi criar podcasts para orientar pessoas cegas sobre a contaminação”, explicou.

A defensora pública, Fernanda Peres, disse ainda, que preparou um ofício sugerindo um protocolo para priorizar o atendimento às pessoas com deficiência nos hospitais. “A ideia é pensar como está sendo realizada essa logística para esse atendimento. Pensamos também na questão da articulação municipal para que o municípios criem estratégias para atender os deficientes. Acho importante a criação de um comitê para desenvolver todas essas atividades”, destacou a defensora.

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