Fla projeta economia de mais de R$ 6 mi por mês após acordos
As medidas tomadas pelo Flamengo para cortar custos durante a pandemia de coronavírus vão significar uma economia, projetada pelo clube, de pouco mais de R$ 6 milhões por mês – cerca de R$ 12 milhões no total, considerando que o acordo feito com os jogadores é válido, a princípio, para maio e junho.
Na terça-feira, o Flamengo anunciou que chegou a um acordo com os jogadores do elenco profissional para reduzir seus salários em 25% nos meses de maio e junho – após o período, a situação será reavaliada.
Além disso, o pagamento dos direitos de imagem, que podem representar até 40% dos vencimentos, será feito a partir de janeiro de 2021, em 10 parcelas. Somente em relação à imagem, o Flamengo vai economizar cerca de R$ 4 milhões por mês neste momento – embora tenha que pagar este valor no próximo ano.
O acordo com os jogadores, que não contempla Jorge Jesus e sua comissão técnica, representa a maior parte da economia estimada pelo clube.
Além disso, o Flamengo cortou em outras áreas. Na semana passada, a diretoria demitiu 62 funcionários e chegou a um acordo com o Sindiclubes para reduzir os salários de empregados que ganham acima de R$ 4 mil.
Desta forma, serão descontados até 25% do valor que excede o piso de R$ 4 mil. Isso significa que, se um funcionário ganha R$ 5 mil por mês, poderá receber até R$ 4,75 mil.
– As medidas tomadas esta semana (a mais dolorosa delas sendo a redução de aproximadamente 6% de seu quadro de colaboradores), aliadas a este importante acordo com os jogadores, ajudarão o clube: a quitar todos os direitos trabalhistas dos ex-colaboradores; a preservar ao máximo o emprego e o pagamento em dia de mais de mil colaboradores, entre funcionários e atletas; a manter a prestação dos serviços para os 16 mil sócios da sua sede social e a continuar com a performance esportiva de excelência em todos seus esportes, desejo dos 42 milhões de torcedores que formam a Nação Rubro-Negra – diz um trecho da nota oficial emitida pelo Flamengo ao anunciar o acordo com os jogadores.
Desde a pandemia de coronavírus e a paralisação do futebol, o Flamengo teve impactos financeiros: perdeu um patrocinador do calção, que rendia R$ 3 milhões por ano, e seu fornecedor de material esportivo atrasar uma parcela do pagamento anual, de cerca de R$ 8 milhões. Por outro lado, o clube tomou um empréstimo pré-aprovado de R$ 40 milhões para manter o fluxo de caixa.
Globoesporte