Agora é lei: Unidades de Saúde têm que fornecer EPIs iguais a todos os profissionais que atuam contra coronavírus

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As unidades de saúde da rede pública e privada que prestam serviços na Paraíba estão obrigadas a fornecer equipamentos de proteção individual de mesma qualidade e eficiência para os profissionais de saúde que tenham contato direto com pacientes suspeitos ou infectados pelo Covid-19, independentemente da função que estes trabalhadores exerçam no ambiente de trabalho. É o que prevê a Lei 11.710/2020, de autoria do deputado Adriano Galdino, sancionada pelo governador João Azevêdo e publicada na edição desta sexta-feira (19) do Diário Oficial do Estado (DOE).

A lei, que objetiva “garantir os direitos fundamentais do cidadão discriminado, principalmente, o direito à vida”, estabelece ainda que a medida abrange todos os EPIs autorizados pelo Ministério da Saúde e pelos órgãos da vigilância sanitária e determina que o não cumprimento do dispositivo legal “acarretará aos responsáveis pela unidade de saúde em sanções previstas na Lei federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor, sem prejuízo da demais sanções cabíveis, inclusive, na esfera penal”.

Na justificativa do projeto de lei, Adriano Galdino lembra que a COVID-19 revela uma rápida disseminação, razão que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) o caracterizar como pandemia, desde 11 de março deste ano. Poucos dias depois, foi confirmada a primeira morte no Brasil, no estado de São Paulo e, no mesmo dia, dois pacientes que haviam testado positivo para Coronavirus no Rio de Janeiro, vieram a óbito.

O deputado cita o Secretário Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que afirmou: “as autoridades da área de saúde têm chamando todos os países para ativar e intensificar mecanismos emergenciais de resposta, buscar casos suspeitos, isolar, testar e tratar todo episódio de Covid-19, além de traçar as pessoas que tiveram contato com ele. Preparem-se, detectem, protejam, tratem, reduzam o ciclo de transmissão, inovem e aprendam”.

Galdino argumenta ainda que no estado da Paraíba, segundo dados apresentados pela Secretaria de Estado da Saúde, diariamente, vem crescendo o número de casos suspeitos e confirmados com o novo Coronavirus e que o surgimento desses novos casos acarretou no sistema de saúde estadual uma maior demanda de pacientes, seja na rede pública ou privada, “razão pela qual aumentou consideravelmente o trabalho dos nossos profissionais de saúde, que com muito amor, coragem e responsabilidade, estão arriscando as suas vidas e tentando combater de forma incansável a propagação do vírus e garantir a cura dos pacientes já infectados”.

“Acontece que várias são as denúncias de que agentes de saúde que estão atendendo pacientes com indícios de contágio do Covid-19 estão sendo obrigados a trabalhar com equipamentos de proteção de qualidade inferior ao utilizado por alguns outros profissionais que ocupam funções de hierarquia maior, como aqueles que exercem o cargo de Médico, discriminação esta que além de corresponder em uma gravíssima falta disciplina, fere frontalmente os direitos fundamentais do cidadão discriminado, principalmente, o direito à vida, já que estará ainda mais vulnerável à contaminação. É importar frisar que muitos profissionais no Brasil e em diversos países, foram infectados pelo novo Coronavirus, desses, uma parcela considerável já veio a óbito”, finalizou.

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