A redução nas ocorrências de crimes patrimoniais foi destaque na Paraíba, de janeiro a setembro deste ano. O desempenho foi anunciado pelo governador João Azevêdo, durante o programa Fala Governador, quando informou sobre os indicadores criminais da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds), que também registrou redução de 14% nos assassinatos no 3º trimestre do ano em relação ao anterior. Segundo o documento do Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace), houve uma queda de 62% dos ataques a bancos, de 18% nos roubos e furtos de veículos e de 26% em outros tipos de roubos em geral. Além disso, um total de 2.497 veículos roubados ou furtados foram recuperados e devolvidos aos proprietários.
“A segurança tem sido prioridade no Governo. Estamos fazendo a análise dos dados desse último trimestre, o que nos deixa felizes porque houve uma redução de 14% nos assassinatos com relação ao trimestre anterior, e redução em outros nos índices de criminalidade. Também fizemos a promoção de 79 policiais militares para as graduações de sargento e subtenente. É importante dizer que com essas, chegamos a 1.718 promoções dentro da polícia militar. Isso é a forma como o Governo da Paraíba demonstra o seu respeito por essa força tão importante. E olhe que estamos tratando de aproximadamente 180 oficiais promovidos e 1.530 praças que foram promovidos, é um esforço muito grande”, destacou João Azevêdo.
De acordo com o Nace, em relação aos crimes contra instituições financeiras, as ocorrências caíram de 26 casos em 2019 para 10 este ano, nos nove meses. A redução chega a 88% se os números forem comparados a 2016, quando aconteceram 86 ataques. Os resultados estão ligados a uma Força-tarefa contra ataques a bancos, criada no início de 2019, e que contabiliza dezenas de prisões com quadrilhadas desarticuladas. Uma das últimas ações aconteceu no sítio Pocinhos, cidade de Catingueira, sertão paraibano, em 19 de setembro, quando seis homens acusados de roubar a agência de Coremas atiraram contra policiais militares e acabaram morrendo no confronto.
Os roubos a pessoa tiveram uma queda de 27%, os roubos a estabelecimentos comerciais de 19%, os assaltos contra residências reduziram 9% e os em transportes coletivos 66%, no período de janeiro a setembro. Ao mesmo tempo, as polícias realizaram 12.592 prisões, sendo 1.733 de pessoas acusadas de crimes graves, como homicídios, latrocínios, crimes violentos patrimoniais, roubos de carro, roubos a banco e com mandados de prisão em aberto. Um total de 4.677 operações policiais aconteceram na Paraíba, sendo 1.738 operações de interesse estratégico.
Apreensões de drogas e armas – Nos nove meses, 2.643 armas de fogo foram retiradas de circulação, entre espingardas, revólveres, pistolas e outros armamentos. No mesmo período, as forças de segurança apreenderam 1.862,6 quilos de maconha, 74 quilos de crack e 108,3 quilos de cocaína. Os entorpecentes somam mais de duas toneladas de drogas retiradas de circulação, 171% a mais da quantidade apreendida de janeiro a setembro de 2019.
A ação do Corpo de Bombeiros Militar resultou em 79 vidas salvas em socorros de vítimas de tentativas de homicídio e 1.822 resgates em acidentes de trânsito nas cidades de João Pessoa, Santa Rita, Guarabira, Campina Grande, Bayeux, Sousa, Cabedelo, Catolé do Rocha, Sapé, Patos, Cajazeiras, Mamanguape, Conde, Pombal e Manaíra.
Redução de crimes contra a vida – Mesmo com o período de pandemia, as forças de Segurança continuaram nas ruas com trabalho de prevenção e repressão qualificada aos assassinatos. Os esforços das Polícias Militar e Civil reduziram em 14% os homicídios no 3º trimestre do ano, em relação ao 2º trimestre. Os casos caíram de 306 para 264 em cada três meses, respectivamente. Os feminicídios saíram de 27 casos para 21 e o total de mulheres assassinadas de janeiro a setembro foi 65.
Além disso, segundo relatório do Nace, apesar do aumento de ocorrências registrado este ano em relação a 2019, o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) em 2020 acumula a segunda menor incidência nos nove primeiros meses do ano, na década, com 834 casos.