Justiça decreta prisão domiciliar contra delegado preso em operação por se apropriar de fianças no Sertão da Paraíba
A Justiça decretou, nesta quarta-feira (30), a prisão domiciliar contra o delegado Elcenho Engel, preso durante uma operação por se apropriar de fianças e retardar a distribuição de inquéritos policiais no Sertão da Paraíba. Conforme apurou nossa reportagem, o servidor estava preso desde o dia 04 de agosto, no Batalhão da Polícia Militar, em Patos.
De acordo com as informações, o delegado teve a prisão preventiva convertida em domiciliar nesta quarta-feira (30) e vai continuar afastado das funções até o fim do processo.
Como noticiado pela Imprensa, Elcenho Engel foi preso em Patos, no dia 04 de agosto, por crimes de peculato e prevaricação. Segundo informou a Polícia Civil, o delegado retardava a distribuição do inquérito policial vinculado à autuação em flagrante, para ocultar a apropriação do dinheiro recebido como fiança policial. A Corregedoria acompanhou as buscas e a lavratura do flagrante.
De acordo com as investigações, ele recebia valores referentes a pagamentos de fiança, em espécie, mas não repassava esse dinheiro à instituição financeira oficial, apropriando-se indevidamente dos recursos em benefício próprio, caracterizando o crime de peculato.
Já a prevaricação acontecia quando o investigado retardava a distribuição do inquérito policial vinculado à autuação em flagrante, para ocultar a apropriação do dinheiro recebido como fiança policial. A implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe), em meados de 2020, foi fundamental para revelar as atividades ilícitas do servidor policial preso no último dia 04.
Há indícios de que o investigado costumava praticar esse tipo de conduta há cerca de oito anos. Tudo indica, conforme as investigações, que ele ocultou diversos inquéritos policiais em sua própria residência, procedimentos que deveriam estar nas delegacias em que ele atuou ao longo desses anos todos.
Durante as diligências da operação, os policiais apreenderam uma pistola de uso restrito, sem registro, o que caracterizou auto de prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
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