O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Harrison Targino e a Comissão Eleitoral formada para organizar as eleições do Quinto Constitucional, reuniram a imprensa nesta terça-feira (9) para apresentar os trâmites do processo eleitoral para formação da lista sêxtupla para vaga de desembargador destinada à advocacia no Tribunal de Justiça (TJPB).
Essa é a primeira vez na história que a lista será formada pela mesma quantidade de homens e mulheres, devido aprovação, pelo Conselho Pleno da Instituição, da obrigatoriedade de paridade de gênero na disputa.
A eleição deve acontecer no dia 18 de setembro e as inscrições se encerram no próximo dia 21. Para concorrer, os profissionais devem obedecer alguns critérios, entre eles, ter pelo menos 10 anos de inscrição na Ordem.
“Foi um encontro para que pudéssemos apresentar e tirar dúvidas sobre as eleições para o Quinto Constitucional. A imprensa vem acompanhando esse processo e sempre nos aborda com algumas dúvidas sobre as datas, a paridade e também sobre a questão de propaganda feita pelos candidatos. Esse diálogo é importante para fortalecer a disputa e levar mais informações à sociedade e aos advogados e advogadas”, explicou Harrison Targino.
O presidente da Comissão Eleitoral, Afrânio Melo, chamou a atenção para os prazos que devem ser cumpridos dentro do processo. Destacou ainda os locais de votação que devem ser instalados em João Pessoa, Campina Grande, Patos e Guarabira. “O processo já iniciou com a abertura das inscrições. Desejamos muita sorte a todos e nos colocamos à disposição para tirar qualquer dúvida que tenham os candidatos”, disse.
Paridade – Harrison Targino lembrou ainda que o processo de escolha da lista sêxtupla terá uma novidade este ano, com a paridade entre homens e mulheres. Serão reservadas três vagas para os homens e três vagas para as mulheres. Ele destacou a conquista que essa medida significa para a advocacia, proporcionando uma disputa mais justa e incentivando a participação feminina na política e nos espaços de poder.
“No Brasil, 53% dos profissionais da advocacia são mulheres e na Paraíba são 48.9%. Percebemos que na história os homens sempre foram beneficiados e, por isso, decidimos adotar a questão da paridade para a escolha dentro do Quinto Constitucional. Apenas seis OABs no país adotaram a medida. Temos orgulho de contribuir para que a Ordem na Paraíba esteja entre elas”, ressaltou.
A secretária geral adjunta e Corregedora Geral da OAB-PB, Larissa Bonates, exaltou a decisão da Ordem em adotar uma lista paritária. “Essa é uma luta perene das mulheres para que pudéssemos realmente estarmos em pé de igualdade nesta disputa. Essa questão foi muito bem acolhida desde o início pelo nosso presidente, Harrison Targino. Essa é uma luta das mulheres, mas como Marina Gadelha costuma dizer, é um avanço civilizatório para toda a sociedade. Todos nós ganhamos com a representatividade feminina. Porque no espaço de liderança e de poder, ainda não temos as mulheres com o poder de decisão”, observou.